O encontro reuniu representantes do Coletivo PcD da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Coletivo Resistência Autista de Floripa, Secretaria Executiva de Operações de Mobilidade, Associação Catarinense para Desenvolvimento e Integração do Cego (Acic), Fundação Catarinense de Educação Especial e Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência.
Entre as principais críticas estão a falta de informações acessíveis, a retirada dos cobradores dos ônibus e a burocracia para garantir o passe livre a autistas. Atualmente, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) precisam renovar anualmente a carteirinha do Bilhete Cidadão Eletrônico, enquanto idosos podem usar apenas o documento de identidade.
Pedro Spada, integrante do Coletivo PcD da UFSC e autista, afirmou que a retirada dos cobradores prejudica tanto pessoas com deficiências invisíveis quanto cadeirantes e outros usuários. Ele também destacou a importância de ampliar horários, melhorar o aplicativo “Floripa no Ponto” e garantir mais bancos reservados para PcDs. “A gente espera que o que foi debatido seja levado adiante, para que as demandas cheguem à prefeitura e ao Consórcio Fênix”, disse.
Representando a Secretaria de Mobilidade, o comandante da Guarda Municipal, Valci Brasil Júnior, afirmou que as críticas serão encaminhadas ao prefeito Topázio Neto (PSD). “Tudo que foi elencado, criticado, sugerido por essas pessoas será levado para o nosso prefeito Topázio, que é muito sensível a essa pauta”, disse. Ele adiantou que a prefeitura planeja levar representantes das entidades para visitas técnicas ao Centro de Controle Operacional do Consórcio Fênix, para discutir as melhorias do sistema com os responsáveis.
Autor da proposta da reunião, o vereador Leonel Camasão (PSOL) afirmou que a comissão vai notificar a prefeitura e a empresa Consórcio Fênix responsável pelas operações do transporte público da cidade para que adotem providências. “A impressão é que as empresas dificultam o acesso de quem tem direito, impondo regras que mais atrapalham do que ajudam”, afirmou o vereador. Ele defendeu a volta dos cobradores ou agentes de bordo para auxiliar passageiros com deficiência. “Todas as pessoas que usam o transporte coletivo estão em um ambiente indigno. Para as pessoas com deficiência, é ainda mais indigno”, afirmou.
O Consórcio Fênix, convidado para o debate, não enviou representantes. O vereador Diácono Ricardo (PSD), líder do governo, criticou a ausência. A comissão decidiu notificar a prefeitura e a empresa para que apresentem soluções às demandas.
Protocolos desta Publicação: Criado em: 14/08/2025 18:30:12 por: Camila Costa da Cunha – Alterado em: 14/08/2025 18:30:12 por: Camila Costa da Cunha